Por Que Blefar É Tão Difícil
Encontrar bons blefes é uma das coisas mais difíceis de fazer em ring games. Um bom blefe se resume a uma combinação de compreensão da abordagem teórica, mas também de ajuste às tendências dos seus oponentes.
A diferença entre o que você deve fazer na teoria e na prática geralmente está a quilômetros de distância, então vamos detalhar a teoria primeiro e depois fornecer algumas maneiras práticas de aplicá-la no jogo.
Por Que Blefar é tão Difícil
Blefar é tão difícil porque é muito fácil cometer erros que fazem você perder muito dinheiro.
Para fazer um bom blefe, você precisa conhecimento do lado teórico das coisas, assim como experiência nas mesas. Enquanto joga, tente sentir o que os jogadores estão fazendo. Eles estão largando em determinadas situações? Eles sempre pagam no river? Isso ajudará muito o seu processo de tomada de decisão.
Por exemplo, contra um jogador que paga com muita frequência raramente devemos blefar, mas contra um jogador passivo e fraco podemos blefar muito.
Finalmente, fazer um blefe exige coragem. Cada boa mão blefando requer a coragem de puxar o gatilho, se você acha que isso faz sentido. Obtenha feedback após a mão de colegas e instrutores, mas primeiro puxe o gatilho se achar que está correto.
Quando Blefar, Quando Desistir
Agora, vamos ver dois exemplos de cenários de blefe. Um bom blefe e um blefe ruim.
Exemplo 1: Q♦ J♦ no 10♦ 9♦ 2♥ 3♠ 3♥ .
Aumentamos do Botão com o Q♦ J♦ e o Big Blind paga. Apostamos no flop, fomos pagos, apostamos no turn, fomos pagos e chegamos no river errando tudo.
Este é um grande flop para nós, já que temos uma pedida de straight flush com muitos outs. Então, apostamos flop e continuamos no turn quando erramos. O river não ajuda, mas devemos puxar o gatilho e blefar mesmo assim?
A resposta é não, em teoria.
Aqui com nossa pedida de straight flush perdida, bloqueamos muitas mãos que queremos que nosso oponente tenha. Se o nosso oponente tiver uma pedida de flush ou de sequência que falharam, seria muito provável que ele desistisse do river (o resultado que queremos), então não queremos bloquear essas mãos tendo as cartas nós mesmos. Ao invés vez disso, gostaríamos de ter uma mão como 78, por exemplo, que não bloqueia as pedidas de flush ou de sequência com um Q ou um J.
Exemplo 2: A♦ J♥ no Q♥ 7♦ 2♣ 10♠ 9♥ .
Aumentamos do botão com A♦ J♥ e o Big Blind paga. Apostamos no flop, fomos pagos, apostamos no turn, fomos pagos e chegamos no river com apenas um ás alto.
Depois de apostar o turn com uma pedida gutshot, erramos e temos que decidir se blefamos ou não. Devemos puxar o gatilho?
Em teoria, sim.
Da mesma forma que bloqueamos as mãos desistidas do Big Blind no último exemplo, não bloqueamos nenhuma das mãos que ele possa desistir. Além disso, bloqueamos quaisquer mãos como KJ com as quais ele de alguma forma possa ter chegado no river. É muito mais provável que tenhamos uma mão como KJ que apostaria no flop e no turn, e também podemos ter mãos como QQ, TT e 99 que o Big Blind tem menos probabilidade de ter. Essa é uma ótima situação para blefar porque não bloqueamos as pedidas e temos cartas que bloqueiam suas mãos de valor.
Teoria vs Prática:
Embora a teoria acima seja útil na escolha de mãos para blefar, só porque você tem uma boa candidata a blefar em teoria não significa que você deva começar a detonar.
Especialmente em jogos de limites baixos, as pessoas simplesmente não desistem o suficiente nos rivers. Se você estiver em um grande pote no river, blefe menos no geral se seu oponente puder ter mãos fortes. Não tente blefar alguém com top pair nesses limites. Ao invés disso, tire vantagem de seus oponentes roubando os potes menores, mas tenha cautela nos potes maiores.
Em potes pequenos, onde o flop e o turn passam, é muito improvável que seu oponente tenha uma boa mão e provavelmente esteja bastante desinteressado na mão. Tire vantagem roubando esses pequenos potes frequentemente com blefes, evitando situações de grandes blefes heróicos em mãos maiores.
Se você quiser saber mais sobre maneiras de explorar seus oponentes, confira este artigo em 3 maneiras de explorar facilmente os jogadores recreativos!
